quarta-feira, 23 de março de 2016

Semana da leitura


A leitura de poemas, histórias, lengalengas e narração oral de contos tradicionais fluiu por toda a escola, enriquecendo os momentos destinados à literatura.
Foram várias as metodologias utilizadas: leitura e recriação de histórias por familiares, nos segundos e quartos anos; invenção de histórias e leitura partilhada pelos alunos do terceiro ano; leitura para as crianças do Jardim de Infância pelo primeiro ano e pelas educadoras; narração oral e ilustração de textos pelas crianças do Jardim de Infância.

Esta corrente manteve-se reforçada com o envolvimento das famílias que diariamente contribuíram com textos ilustrados, os quais, depois de lidos e partilhados, preenchem as paredes da escola.













quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Investigador defende mais tempo para pais estarem com os filhos

"As crianças já passam muito tempo na escola, ao contrário do que acontece noutros países europeus", disse à agência o especialista, para quem o importante é discutir um novo modelo de organização social do tempo de trabalho dos pais, que reforce o tempo passado em família.
Para o catedrático da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, os pais precisam de ter mais tempo para os filhos e as crianças precisam de mais espaço para brincar e estar em contacto com a natureza.
A posição surge a propósito da intenção do governo, inscrita na proposta de Orçamento do Estado, de alargar "a escola a tempo inteiro" a todo o ensino básico, ou seja, até ao 9.º ano.
"Os currículos hoje estão a ser demasiado rigorosos quanto ao número de horas exigidas pelo sistema de educação", afirmou, defendendo que sobra "muito pouco tempo para criar um equilíbrio" entre o que é espontâneo e o que é organizado.
"Em muitos países onde estes estudos existem, os horários de trabalho têm mais alguma flexibilidade. Por exemplo, pode-se começar a trabalhar mais cedo e sair mais cedo, os pais às 16:00 saem e vão buscar os filhos à escola e têm mais tempo em família", indicou.
O que está em causa, sublinhou, é "uma repartição do tempo entre a família e a escola", é a criança ter mais espaço natural com os amigos, "poder correr mais riscos, ter mais autonomia, mais capacidade adaptativa".
Segundo Carlos Neto, as crianças estão hoje sujeitas a um nível excessivo de "sedentarismo, analfabetismo físico e superproteção". As atividades extracurriculares, frisou, "não compensam o facto de não se subir a uma árvore ou a um muro, de andar de bicicleta ou de patins".
Cair, escorregar, equilibrar-se, são atividades que "devem fazer parte da adaptação ao mundo", sustentou: "As crianças têm hoje super agendas, é preciso suavizar isso".
Neste sentido, o catedrático defende uma discussão em torno de uma nova organização social do tempo, que contemple o tempo escolar, laboral e familiar. "É preciso audácia política para fazer isto".
A experiência de 40 anos de trabalho com crianças levou-o a concluir que o tempo de recreio é fundamental para a saúde mental e física da criança. "As crianças e os jovens não têm margem para a descoberta livre, com experiências audazes, correndo riscos em função de situações imprevisíveis, por forma a ampliarem competências motoras, sociais e emocionais imprescindíveis à sobrevivência no futuro", lamentou.
De acordo com Carlos Neto, existe um ambiente "excessivamente institucionalizado e um tempo disposto com atividades muito padronizadas", que contraria a natureza ativa e as necessidades humanas de brincar e socializar livremente.
"As vivências de um corpo em ação permanente são fundamentais para uma infância feliz e empreendedora no futuro e, por isso, se não existirem têm repercussões colossais na construção do ser humano", alertou o investigador.


Comentários

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Teresa Sarmento: “Importa pôr os meninos a pensar”
Mais do que preparar para o futuro, no pré-escolar é preciso dar valor à criança em si mesma.
Mostrou um vídeo onde um grupo de crianças do pré-escolar fazia uma simulação da sua ida à Lua. Um passo gigante para as educadoras e os pais envolvidos na tarefa. Fatos de astronautas, cenários lunares. Até um foguetão a descolar em contagem regressiva. Bem visível no ecrã de um computador. Orientadora de estágios em educação de infância e docente na Universidade do Minho, Teresa Sarmento surpreendeu a audiência de um congresso onde se falava da escola do futuro ao dar visibilidade ao trabalho que se faz – e que entende deve ser feito - no pré-escolar. 

Começou a carreira como educadora de infância na década de 80 e, desde então, testemunhou muitas mudanças na forma como se olha para as idades dos zero aos seis. “Quando fiz o meu curso, entre 1975 e 1978, só havia um livro de Francesco de Bartolomeis, traduzido em português, sobre a educação de infância enquanto processo.” Defende que o poder para a inovação, neste nível de ensino, não é apanágio exclusivo dos recém-chegados à profissão. Às estagiárias recorda algo que já vem escrito em muitos livros. Mas que a sociedade parece não estar ainda plenamente apta a fazer: “Faz com que cada criança tenha uma vida de grandes experiências significativas.” Em entrevista ao EDUCARE.PT, Teresa Sarmento recorda aos adultos a importância de ser criança. 

EDUCARE.PT (E): Cresce a ideia de que é no pré-escolar que se incutem as competências necessárias para o futuro…
Teresa Sarmento (TS):
 Desde que estejamos de acordo sobre quais são essas competências… No jardim de infância importa pôr os meninos a pensar. 

E: E ensinar a ler e a escrever?
TS:
 O 1.º ciclo define-se, em termos gerais, pela aquisição da leitura e da escrita. Porque haveríamos de fazer isso antes? As crianças gostam, e não lhes faz mal, aos 4 ou 5 anos de saber escrever o nome. Mas não há interesse no ensino explícito da escrita e da leitura. Até porque não vai avançar em nada. Quando esses conhecimentos já vêm do jardim de infância, se não há uma continuidade de trabalho, os primeiros tempos na escola são de absoluta desilusão.

E: Como vê a falta de creches dos 0 aos 3 anos?
TS: 
Há alguma demissão do Estado face a estas idades. As creches são muito caras. O ratio adulto criança é, necessariamente, baixo e o número de horas que as crianças passam nas instituições é mais elevado nessas idades. O Estado escuda-se na defesa de que cabe às famílias educar os seus filhos, mas não dá resposta sobre como isso é possível nas condições atuais. Com o número elevado de horas de trabalho que em Portugal se fazem, sobretudo entre as mulheres, quando em comparação com outros países. E, portanto, tem de haver aqui compatibilidades. Ou seja, o Estado devia apoiar a criação de creches porque há uma falha muito grande e, ao mesmo tempo, investir em políticas de família permitindo um tempo mais prolongado de acompanhamento das crianças. 

E: O que é preciso mudar? 
TS: 
O Ministério da Educação e Ciência não tem responsabilidade com as crianças dos 0 aos 3 anos, por isso, há uma falta de política educativa, bem como de apoio às famílias. É preciso uma conjugação entre educação, família e trabalho que permita que as crianças tenham o acompanhamento adequado. Também não acho que a melhor solução seja sempre estar na creche das 8h às 20h. Tem de haver uma política articulada que garanta às crianças as oportunidades de crescerem em parte do seu tempo em família. Isto implica uma política que garanta a oportunidade de as famílias se organizarem de forma a terem parte do seu tempo para se dedicarem às crianças.

E: O que lhe ocorre quando ouve governantes dizer que é preciso aumentar a natalidade...
TS: 
Vindos da governação, esses apelos são um contrassenso. Dizem isso mas depois não arranjam formas de garantir que os jovens possam ter filhos. Ainda antes de haver equipamentos de apoio às crianças, faltam às famílias condições de estabilidade laboral.  

E: A infância já não é vista como uma passagem para a idade adulta.
TS:
 Houve um reconhecimento que as crianças são seres humanos com capacidade de aprendizagem e de intervenção. Descobriu-se a importância dos 0 aos 6 anos em muitos âmbitos. Pensava-se que havia uma idade a partir da qual cada pessoa era aprendente. A evolução das ciências provou que não. Na pedagogia, a Escola Nova veio realçar a pertinência de se atender e entender a criança como um ser em desenvolvimento e em interação. Mas a própria designação de pré-escolar continua ligada à ideia de passagem. E, em muitos setores, a infância ainda é vista como uma fase necessária para se chegar a outra que ‘supostamente’ é mais importante. 

E:“Viver com as crianças na idade em que elas estão.” É algo que defende. Quer precisar o que significa?
TS: 
Com as pressões sobre os jardins de infância e as educadoras, e analisando as políticas gerais e o pensamento dos nossos governantes, há muito essa ideia de que é necessário preparar as crianças para serem adultas. Ignora-se o valor da criança em si mesma. Permanece a visão da criança como capital humano para produzir, ligada às teorias e às práticas neoliberais. Por isso, é urgente olhar para a criança como um ser humano numa fase específica da vida. E até mudar conceitos, falar em educação de infância em vez de educação pré-escolar. 

E: É muito crítica do modo como o tempo das crianças está organizado e diz que elas estão demasiado ocupadas...
TS: 
Há todo um domínio muito grande sobre a criança. Que desde logo começa com a pressão de se tirar um bebé da cama para ir para a creche. O tempo é demasiado regulado pela vida do adulto. E mesmo nos espaços que, em princípio, são da criança, como o jardim de infância, há uma regulação muito estrita. Aceito que tenha de haver uma certa rotina pedagógica para o funcionamento das instituições. Mas uma parte do tempo tem de ser usado livremente pelas crianças. Para que elas possam brincar como queiram. Não pode haver uma organização rígida, nem sempre tutelada, que impeça as crianças de terem os seus momentos de liberdade.

E: Os adultos esquecem-se que as crianças têm o direito às suas escolhas?
TS:
 Esquecem-se muito, até pelas complicações que têm nas suas vidas. E que geram uma colisão de direitos e, sobretudo, de condições de vida entre os adultos e as crianças. 

E: Recentemente, esteve em São Tomé e no Brasil. O que importava desses países para Portugal? 
TS: 
De São Tomé traria a elevada taxa de natalidade. Há tantas crianças que a média por sala em jardim de infância é na ordem das 60. Em Portugal o máximo são 25, mas atualmente já há muitas salas sem crianças. Não têm as condições que as nossas crianças têm. Mas, por exemplo, são muito mais autónomas, porque a adversidade assim as obriga. 
No Brasil, os profissionais que trabalham com a infância conseguem ligar muito as questões pedagógicas às políticas e sociais. Os educadores em Portugal fazem uma análise das condições pedagógicas mais fechada na escola. Temos de aprender alguma coisa com os brasileiros e criar um sentido de educação que seja mais aberto.  

E: Vale a pena investir na carreira de educador de infância?
TS:
 Em termos económicos não. Há imensas educadoras formadas sem emprego. Prolongou-se muito a idade da reforma. Antes destas mudanças uma educadora com 55 anos estava reformada, o que permitia a entrada de gente nova. Atualmente, a permanência na profissão prolongou-se por mais 11 anos. Uma diferença muito grande. Por outro lado, em termos de satisfação pessoal, a profissão de educadora é muito enriquecedora. Quem trabalha com crianças tem outra forma de estar, outro bem-estar psicológico, ainda que seja uma profissão muito cansativa. 

E: A educadora deve ser uma quase mãe?
TS: 
Acho que sim. A questão dos afetos é fundamental. A criança deve sentir na educadora uma proximidade afetiva grande, uma segurança, uma estabilidade, um carinho, um mimo. Tudo isso, sem esquecer o carácter profissional, faz parte da educação de infância. Até porque gostar de crianças não é suficiente. A educadora tem de saber como potenciar oportunidades para o seu desenvolvimento.
  
E: Que conselho dá às suas alunas quando vão estagiar...
TS: Entende o estágio como um compromisso forte e uma responsabilidade muito grande. E, no que depender de ti, faz com que cada criança tenha uma vida de grandes experiências significativas. 
1.       3


segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Magusto

     No passado dia 11 de novembro, quarta-feira, comemoramos a festa do “Magusto”. Trata-se de uma tradição que se festeja no São Martinho e que, todos os anos, na nossa escola, se celebra com muita alegria, convívio e animação.
     Começamos o dia nas nossas salas, onde recordámos a Lenda de São Martinho e elaboramos uma coroa e um cartucho enfeitado ao nosso gosto. Na parte da tarde, juntámo-nos todos no recreio. Os adultos juntaram caruma seca num monte, colocaram castanhas por cima, cobriram-nas com mais caruma e acenderam a fogueira. 
     Pouco tempo depois, tivemos oportunidade de saborearmos e deliciarmo-nos com as castanhas quentinhas e boas. Não tardou muito a estarmos de barriga bem cheia! Seguiram-se algumas canções, o enfarruscar a cara e outras brincadeiras, em que participaram alunos, professores e auxiliares.
     Este ano, a lenda do Verão de S. Martinho fez-se sentir em pleno, permitindo assim que todos tivéssemos um dia muito bem passado. Viva o São Martinho!


sábado, 14 de novembro de 2015

Halloween na escola

No dia 30 de outubro celebrou-se o Halloween na EB1/JI das Fontainhas.
Muitos dos alunos foram fantasiados e a escola foi decorada com adereços alusivos ao tema.
Alguns alunos do 1ºCiclo realizaram atividades sobre o Halloween com a professora Liliana na disciplina de Inglês.
Os alunos do Jardim de Infância celebraram a data com atividades promovidas pelas educadoras Antónia e Rosário, incluindo audição da história da "Bruxa Mimi" e um lanche partilhado. No final do dia, a festa dos pequenotes continuou na aula de Zumba Kids Jr., que foi uma aula especial, com músicas de Halloween.




Zumba - Aula temática "Halloween"

O Halloween na escola já tinha começado a ser celebrado, na aula de Zumba de quarta feira, dia 28 de outubro.
Apesar de alguns disfarces terem ficado esquecidos em casa, o ambiente esteve sempre muito animado e com alguns momentos "assustadores".


terça-feira, 3 de novembro de 2015

Contra o Cancro

No dia 23 de outubro de 2015, uma turma do jardim de infância e outra do primeiro ano de escolaridade, em representação da Escola EB/JI das Fontainhas, aderiram a uma iniciativa da Liga Portuguesa Contra o Cancro, no intuito de promoverem uma atividade de sensibilização contra as doenças cancerígenas, inerente adoção de hábitos alimentares saudáveis e de alerta contra os malefícios e/ou vícios que os seres humanos adquirem e que são prejudiciais à sua saúde. 
Esta iniciativa consistiu numa Marcha Pedante Solidária até, Escola EB2/3 de São João da Madeira , na qual os alunos do terceiro ciclo de escolaridade apadrinharam estes alunos em início de escolaridade e, todos juntos, em pares, num clima interpessoal e de solidariedade, receberam dos dinamizadores da Liga Contra o Cancro, um laço rosado que emergiu com um símbolo de união e de sensibilização contra esta doença que tem vindo a ter uma escala crescente na nossa esfera social. Todos, num gesto simbólico, deixaram presente esse laço no gradeamento exterior daquela instituição escolar como testemunho da sua sensibilização Contra o Cancro e em solidariedade com todos aqueles que são vítimas desta doença.

Visita de Estudo ao Paço dos Duques e Teatro Alberto Sampaio em Guimarães e ao Museu dos Descobrimentos no Porto

     As turmas do 4º ano de escolaridade da EB1/JI das Fontainhas, no dia 22 de outubro, foram fazer uma visita de estudo a Guimarães e ao Porto. 
     "Estávamos todos divertidos e ansiosos pela visita e, assim que chegamos a Guimarães, vimos logo a estátua de D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal. De seguida, fomos fazer uma viagem no tempo e encontrámos D. Afonso Henriques, que nos explicou muitas coisas sobre ele e sobre a sua vida. 
     Fizemos depois uma visita guiada ao Paço dos Duques de Bragança. Fomos ver algumas salas, tais como, a sala dos passos perdidos, a sala das armas, a sala dos banquetes, entre outras. Estas salas tinham tapeçarias que contavam histórias do nosso povo e que também ajudavam no aquecimento das mesmas. Ficamos também a saber que o Paço tinha 39 lareiras e, como tal, 39 chaminés. Visitamos a capela privada, que tinha uns vitrais muito bonitos e que representavam personalidades importantes da época. Vimos bancos feitos em pedra em frente às janelas, chamados de namoradeiras ou conversadeiras, e também vimos um quarto em homenagem a D. Catarina de Bragança. Ficamos a saber que, naquele tempo, as pessoas dormiam sentadas, porque tinham medo de morrer.
     Após o almoço, fomos ao Museu dos Descobrimentos, no Porto, para podermos conhecer alguns pormenores sobre os descobrimentos portugueses. Fizemos uma visita guiada ao museu, onde vimos naus, caravelas, astrolábios bússolas, etc. Visitamos também o interior de uma embarcação e vimos como se vivia e o que se transportava naquele tempo. Finalmente, a visita incluía um pequeno percurso de barco pelos diferentes continentes em que os portugueses se fixaram. Podemos observar os vários países e continentes explorados pelo povo português. Ficamos deslumbrados com as paisagens tropicais, com as plantas e os animais e até conseguimos vencer o grande Adamastor!"